Os interessados no Banco Efisa, que pertencia ao Grupo BPN e está agora nas mãos do Estado, podem apresentar até 23 deste mês uma nova oferta vinculativa para a sua compra, segundo um documento a que a Lusa teve acesso.
«No contexto de uma potencial aquisição das ações do Banco Efisa, detido diretamente pela Parparticipadas, o Caixa Banco de Investimento», como intermediário financeiro, «informa que o vendedor decidiu dar aos potenciais compradores a oportunidade de submeter uma oferta vinculativa revista», lê-se na carta enviada a eventuais interessados.
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A carta acrescenta ainda que os potenciais compradores terão nesta fase do processo «um novo acesso ao data room virtual, que inclui informação atualizada» sobre o banco, até dia 23 deste mês.
As novas propostas terão de ser submetidas até às 15:00 do próximo dia 26 de novembro.
No final de junho, o administrador da Parvalorem, Jorge Pessoa, disse aos deputados na comissão de inquérito à nacionalização e reprivatização do BPN, que o Efisa estava numa «situação de falência» e que o Estado teria dificuldades em «vender ou arranjar comprador que injete capital» no banco.
Contudo, poucos dias depois, o administrador das Pars (Parvalorem, Parups e Parparticipadas), Rui Pedras, afirmou que as negociações entre os veículos estatais e vários investidores interessados, nomeadamente no Banco Efisa (além do BPN Brasil, BPN Gestão de Activos, Real Vida, BPN IFI e BPN Crédito) estavam «em curso» devendo haver novidades «em breve».
Rui Pedras disse também sobre o Banco Efisa, durante a mesma comissão parlamentar em que participava, que a venda da instituição estava «bem encaminhada».
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Cerca de um mês depois, a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, voltava à questão, afirmando que existia «um processo de venda em curso» e mostrando-se convencida de o Estado ia conseguir vender o banco.
«Falar em condições é completamente prematuro, o processo ainda está a decorrer», disse, na altura, Maria Luís Albuquerque.
Até ao momento, o Banco Efisa ainda não foi vendido, ao contrário do que já sucedeu, por exemplo, com o BPN Gestão de Activos, vendido pela Parparticipadas à Patris Investimentos por 3,2 milhões de euros.
Em fase de venda está ainda a Real Vida, ex-seguradora do BPN. Segundo o Diário Económico de hoje, há três investidores interessados, nomeadamente a Patris e provavelmente o Banco Bic Angola. O jornal não avança o nome do terceiro potencial comprador.
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