As empresas vão investir quase menos 17% este ano, em Portugal.
Segundo o inquérito de conjuntura ao investimento de abril divulgado esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o investimento empresarial deverá cair, mais concretamente, 16,7%.
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Os dados recolhidos apontam ainda para um balanço final, relativo ao ano passado, de uma redução 15,8%.
A crise está a piorar as coisas: «Entre os objetivos do investimento, perspetiva-se que, de 2011 para 2012, se tenha verificado um aumento do peso relativo do investimento associado à substituição e uma redução do peso relativo dos investimentos orientados para a extensão da capacidade de produção e para a racionalização e reestruturação».
Entre os principais fatores que limitam os investimentos estão a deterioração das perspetivas de venda e a incerteza sobre a rentabilidade dos investimentos.
De acordo o inquérito, as áreas que perspetivam maiores decréscimos de investimento este ano são as de Comércio por grosso e a Retalho; Reparação de veículos automóveis e motociclos (com uma taxa de variação de -32,3%), Alojamento, restauração e similares (-30,4%), Transportes e Armazenagem (-25,8%) e Indústrias transformadoras (-24,4%).
«Note-se que esta última secção apresenta o contributo negativo mais expressivo para a variação do investimento total 2m 2012».
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O autofinanciamento continua a ser a principal fonte de financiamento para o investimento das empresas inquiridas, representando 62,1% e 67,2% do total em 2011 e 2012, respetivamente, nota a Lusa.
Entre 2011 e 2012, registou-se uma forte diminuição no recurso ao crédito bancário, num recuo de 6,6 pontos percentuais, embora mantendo-se como a segunda principal fonte de financiamento.
Em relação às expetativas de , como resultado do investimento realizado ou a realizar, «a maioria das secções apresentou saldos de respostas extremas negativo.
O inquérito sobre as intenções de investimento das empresas portuguesas foi realizado entre 1 de abril e 28 de junho.
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