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EP: bancos só emprestam dinheiro com garantias do Estado

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A Estradas de Portugal enviou uma carta aos ministérios das Obras Públicas e Finanças, no passado dia 28 de Junho, onde assumiu «riscos de refinanciamento», apontando para um défice de tesouraria de 95 milhões de euros.

A situação foi considerada «normal» pelo presidente da empresa, Almerindo Marques, que apontou o dedo ao ministério das Finanças pela crise financeira da EP: a empresa está em «discussão jurídica» para a devolução de cerca de 220 milhões de euros de IVA.

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Já o Banco Europeu de Investimento (BEI), a quem a EP recorreu, segundo escreve o «Diário de Notícias», exigiu garantias prévias do Estado português para conceder novos empréstimos.

Ao BEI foi pedido um novo financiamento «até 357 milhões de euros», diz o «DN».

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A exigência do banco está expressa na mesma carta: «Aguardamos a posição das tutelas relativamente à possibilidade de o Estado português garantir este financiamento, condição imposta pelo BEI para a realização da operação de financiamento».

Já em Março, a ausência de respostas por parte do Governo fez com que a proposta de financiamento apresentada pelo BES expirasse, obrigando a EP a pagar juros duplicados: de 2,709% em Março, para 4,697% em Junho.

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Dívida bancária dispara com SCUT

Só as rendas das sete SCUT (auto-estradas sem custos para o utilizador) representam cerca de 71% do endividamento bancário da Estradas de Portugal, segundo dados de 2008.

De acordo com o relatório de contas desse ano, o último aprovado, citado pelo «Correio da Manhã», a dívida da EP aos bancos praticamente duplicou: de 459,8 milhões de euros para 909,7 milhões de euros.

Agora, a EP enfrenta sérios riscos de não cumprir todos os compromissos assumidos com as SCUT. Até Setembro, tem de pagar mais de 2.000 milhões de euros.

Qual é a solução para a EP?

Para Almerindo Marques, a solução passa por recorrer a vários créditos de diferentes instituições financeiras: BPI, Banco Popular, BES e BEI.

«Continuamos a aguardar a posição das tutelas. Esta posição é urgente dado que, quando os projectos estiverem terminados, já não poderão ser alvo de financiamento», alerta a EP.

«Realçamos, mais uma vez, que estas operações são da maior relevância para a EP, na medida em que permitirão não só garantir a obtenção dos recursos indispensáveis para dar cumprimento aos compromissos da EP como também para reformular a maturidade da sua dívida», conclui a carta.

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