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Escândalo com dona da L`Oréal envolve Sarkozy

Empresária recebeu restituição de 30 milhões de euros do Fisco com o aval do então ministro do Orçamento. Justiça vai investigar

A herdeira da L`Óreal, Liliane Bettencourt, recebeu a restituição de 30 milhões de euros em 2008 do Fisco francês, com o aval do então ministro do Orçamento e actual ministro do Trabalho, Eric Woerth, revela o site Meidapart.

Bettencourt é suspeita de evasão fiscal, e foi denunciada pela própria filha. A Justiça francesa recebeu gravações que indicam que a empresária tinha 80 milhões de euros em contas na Suíça, não declaradas ao Fisco, e era ainda proprietária de uma ilha nas Seychelles.

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Woerth, que também é tesoureiro do partido do presidente francês, Nicolas Sarkozy, é suspeito de conflito de interesses no caso. «As restituições feitas pela administração fiscal, quando são superiores a alguns milhões de euros, necessitam do aval do ministro da tutela», escreve o site, que cita um funcionário do Fisco que pediu o anonimato. Segundo essa mesma fonte, foi Woerth que deu sinal verde para o depósito.

Segundo o site noticioso, curiosamente nos últimos 15 anos, Liliane Bettencourt não foi objecto de investigação do Fisco francês.

Mas o escândalo que afecta a L`Óreal não fica por aqui: Bettencourt terá doado mil milhões de euros a um fotógrafo, mas o julgamento desse caso foi adiado «sine die» pela Justiça francesa, pelas conotações políticas que o caso adquiriu nas últimas semanas.

O fotógrafo François-Marie Banier é acusado pela filha de Liliane, Françoise Bettencourt-Meyers, de ter se aproveitado de uma suposta perda de faculdades de sua mãe, de 87 anos, para obter as doações em questão. A própria nega ter se deixado manipular pelo fotógrafo de 63 anos, e sublinha que Banier é um «artista genial».

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Mas o conflito ultrapassou o círculo familiar e, nas últimas semanas, a Justiça recebeu, das mãos da filha, gravações clandestinas da empresária, que transformaram o caso num escândalo político que envolve membros do governo de Nicolas Sarkozy.

O advogado do fotógrafo, Hervé Temime, pediu o adiamento do julgamento e alegou o excesso da exposição do caso na media.

A promotoria aceitou o pedido e o julgamento que devia começar este sexta-feira foi adiado para que as gravações clandestinas possam ser investigadas.

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