O Governo acredita que o Estado ainda pode recuperar «parte significativa» dos 2,4 mil milhões de euros de imparidades do BPN com que ficou o Estado.
«A nossa expectativa é que será recuperado para os contribuintes o montante líquido das imparidades transferidas para as sociedades» que estão a gerir os activos do BPN, disse Maria Luís Albuquerque na Comissão de Orçamento e Finanças, citada pela Lusa.
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A responsável disse mesmo que o Governo espera que «uma parte significativa dos 2,4 mil milhões serão ainda recuperados», o que poderá ser feito através de meios como alienação de imóveis ou a recuperação de créditos.
«No limite», disse a governante, o Estado pode mesmo conseguir «a totalidade» destes 2,4 mil milhões de euros.
Para fazer a gestão destes activos, Maria Luís avançou que «há trabalhadores que ainda estão no BPN que vão fazer esse trabalho», ficando então a trabalhar para o Estado.
Em resposta a perguntas de deputados, que consideraram que havia mais soluções do que a opção pela compra pelo BIC por 40 milhões de euros, a secretária de Estado disse que a alternativa era a liquidação, que custaria ao Estado 1,5 mil milhões de euros.
«Concluído este processo significa que vai parar a fuga de depósitos, a acumulação de prejuízos do BPN e ficam estancadas as perdas para os contribuintes», explicou.
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