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Estaleiros: PS «estranha» momento para despedimento

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Deputado socialista Jorge Fão considera que momento do anúncio do despedimento é «pouco explicável»

O deputado socialista Jorge Fão manifestou este domingo «estranheza» pelo momento escolhido para anunciar o despedimento de 380 funcionários dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, na véspera de uma reunião com a comissão de trabalhadores.

«Causa-nos estranheza o momento pouco explicável que foi escolhido para o anúncio desta reestruturação, exactamente o dia anterior à posse do novo Governo», disse à Lusa Jorge Fão, que esta segunda-feira se encontrará com os trabalhadores, juntamente com o também deputado do PS eleito por Viana do Castelo Fernando Medina, secretário de Estado da Indústria no anterior Governo.

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O socialista sublinha que «não está em causa o conteúdo essencial e a necessidade de dar sustentabilidade aos estaleiros, com um processo de reestruturação», mas considerou que «a forma, tempo estabelecido para implementar e a própria dimensão, levantam dúvidas».

«Sobretudo o método e o processo como tudo foi anunciado. Daquela maneira [conferência de imprensa] e numa altura pouco clara. Nesta altura temos de tentar acautelar os impactos».

Delegações do CDS-PP, BE, PSD e PCP reuniram-se na sexta-feira na empresa pública, mas por motivos de agenda, os deputados do PS serão os últimos a serem recebidos pelos trabalhadores, estando o encontro marcado para as 14h30 desta segunda-feira.

Na passada segunda-feira, a administração dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo anunciou a «implementação imediata» de um processo de reestruturação prevendo a saída de 380 funcionários, de um total de 720.

A empresa apresenta um passivo acumulado de 200 milhões de euros e em 2010 registou 40 milhões de euros de prejuízos.

Afirmando ter sido alvo de tentativas de agressão por parte dos trabalhadores, o presidente do Conselho de Administração, Carlos Veiga Anjos, anunciou a sua intenção de «nunca mais voltar a entrar» na empresa e que pedirá a demissão do cargo ao accionista único, a sociedade pública Empordef.

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