A ex-líder do PSD Manuela Ferreira Leite disse esta segunda-feira que a entrada do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Portugal é uma «perspectiva em aberto», que depende da aprovação e execução do próximo Orçamento do Estado, escreve a Lusa.
Questionada pelos jornalistas à entrada para uma sessão com militantes na sede distrital do PSD em Coimbra, a deputada social-democrata não quis dar «grandes opiniões», mas sempre adiantou que a vinda do FMI «depende daquilo que for a aprovação e execução do Orçamento, coisa que neste momento ainda não está concretizada».
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«Há sempre essa possibilidade, que está em aberto e depende muito dos governos, como é que eles actuam e, neste momento, especialmente, em relação ao Orçamento, o que é que vão fazer», disse a ex-presidente do PSD.
Manuela Ferreira Leite não quis comentar as declarações do ministro das Finanças, que afirmou ao jornal britânico «Financial Times», que o risco de Portugal recorrer ao apoio financeiro da União Europeia «é elevado», por se tratar de um desafio à estabilidade da Zona Euro.
«Não vale a pena qualificar as opiniões. As afirmações ficam com quem as produziu».
A antiga ministra das Finanças considerou ainda que o FMI não é um «bicho papão», mas sim uma «instituição que existe exactamente para socorrer os países que estão em dificuldades».
«Nós estamos em dificuldade e, portanto, é uma das hipóteses de socorro», referiu Manuela Ferreira Leite, para quem a vinda do FMI não representa mais sacrifícios para os portugueses «do que aqueles que passarão» sem a sua vinda.
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Quanto à intenção do Governo de avançar com o projecto de alta velocidade ferroviária (TGV) no troço Poceirão-Caia no início do primeiro trimestre de 2011, a deputada social democrata disse tratar-se de uma discussão «inútil».
«Acho inútil a discussão, porque uma coisa é certa: não vai haver dinheiro para fazer e, portanto, como não vai haver dinheiro para fazer e isso tem uma grande força, não vai ser feito de certeza absoluta», frisou a parlamentar do PSD.
No início da sessão dedicada ao «Estado da Economia», promovida pelo Conselho de Opinião do PSD de Coimbra, Manuela Ferreira Leite, oradora convidada, não autorizou os jornalistas a permanecerem na sala, contrariamente ao que tem sido hábito nas reuniões daquela estrutura.
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