O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou ontem que vai apresentar novas propostas para a taxação do sector financeiro na reunião dos ministros das Finanças do G20, que se realiza na sexta-feira, na Coreia do Sul.
G20: proposta sobre taxas bancárias divide ministros
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«Vamos apresentar uma versão revista do nosso relatório sobre a taxação do sector financeiro», disse o porta-voz do FMI, David Hawley, citado pela Lusa
A primeira versão do relatório encomendado pelo G20 foi apresentado numa reunião dos ministros das Finanças em Washington, em Abril, mas não reuniu o consenso.
O FMI propõe dois impostos: um «contributo para a estabilidade financeira» sobre as receitas das instituições financeiras e ajustado ao risco que estas assumem; e um «imposto sobre operações financeiras», que «seria uma espécie de imposto sobre o valor acrescentado».
No entanto, segundo os analistas, mais uma vez não deverá haver acordo entre os ministros das Finanças do G20.
Países como o Brasil ou o Canadá opõem-se, afirmando que os seus bancos não devem pagar uma crise financeira que não criaram.
«Reiteramos a necessidade de os países com dificuldades orçamentais fazerem ajustes credíveis e de os países com capacidade continuarem a apoiá-los no interesse do crescimento [da economia], quer nacional quer mundial», acrescentou David Hawley.
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Os ministros das Finanças do G20 reúnem-se na sexta-feira, na cidade de Busan, na Coreia do Sul, para discutir as formas de salvar a recuperação económica, que está ameaçada sobretudo pela crise da dívida da Zona Euro.
O G20 junta os líderes dos oito países mais ricos do mundo (Alemanha, França, Estados Unidos, Japão, Canadá, Itália, Reino Unido e Rússia), assim como de Argentina, Brasil, México, China, Índia, Austrália, Indonésia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia e União Europeia.
A 26 e 27 de junho, os chefes de Estado do G20 reúnem-se numa cimeira em Toronto, Canadá.
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