A Ford vai fazer marcha-atrás na produção. As fábricas de Colónia vão requerer o regime de trabalho reduzido para cerca de quatro mil trabalhadores, devido à redução da procura na Europa, incluindo Portugal, anunciou esta terça-feira um porta-voz da marca automóvel norte-americana, citado pela Lusa.
O requerimento, que prevê a supressão de 16 dias de laboração entre maio e outubro, deverá ser entregue dentro de alguns dias na repartição local da Agência Federal do Trabalho, para que os operários possam beneficiar do respetivo subsídio estatal, equivalente a 60% do salário bruto.
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A Ford comprometer-se-á também a apoiar financeiramente os trabalhadores afetados, adiantou a mesma fonte.
A fabricante automóvel emprega mais de 17 mil trabalhadores na Alemanha, fabricando nesta cidade oeste-alemã um dos seus modelos mais vendidos, o pequeno Fiesta.
No primeiro trimestre de 2012, a procura de veículos da Ford na Alemanha manteve-se estável, mas nos outros países europeus recuou mais de 7%, em relação a igual período do ano anterior, fazendo a produção do Fiesta em Colónia-Niehl baixar para 345 mil unidades.
A quebra nas vendas verificou-se sobretudo no sul da Europa, nomeadamente em Portugal, devido aos programas de austeridade implementados pelos governos dos países da zona euro com problemas para refinanciar as respetivas dívidas públicas.
A crise europeia tem afetado também as principais marcas automóveis alemãs, com exceção da líder de mercado, a Volkswagen.
A Opel, subsidiária europeia da norte-americana General Motors, anunciou recentemente negociações com os representantes dos trabalhadores para proceder a cortes orçamentais, e tentar que os seus negócios no Velho Continente voltem a ser rentáveis.
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