Paulo Campos, secretário de Estado das Obras Públicas e Comunicações, avançou esta terça-feira que a Fundação para as Comunicações Móveis assinalou um prejuízo de 163 mil euros em 2009, face aos 551 mil euros apurados um ano antes.
O responsável disse, durante a comissão de inquérito à Fundação para as Comunicações Móveis (FCM), que o «atraso na publicação de resultados e do plano e orçamento da Fundação está relacionado com o trabalho inerente à necessidade de autenticar todas as entregas de computadores».
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Depois de um bate-boca com o deputado Jorge Costa, do PSD, Paulo Campos acusou os governos anteriores por terem sido «incapazes de executar o que quer que seja» e avançou que «o programa obrigou a 20 milhões de procedimentos de dados».
«Não faz ideia do trabalho que dá uma iniciativa destas», disse dirigindo-se ao mesmo deputado, antes de assinalar que «centralizámos energias para executar bem os dados e entregar a horas os computadores», sublinhou.
Funcionários transitaram para Fundação por serem de confiança
O responsável justificou ainda a transição de vários elementos do seu gabinete para a Fundação para as Comunicações Móveis com «a necessidade de ter pessoas de confiança a gerir o programa», disse em resposta ao deputado do CDS-PP, Hélder Amaral, afastando assim a ideia de acumulação de cargos ilegais entre pessoas do seu gabinete e da Fundação.
«Quis assegurar que na entidade se estava a cumprir o que estava acordado. Era importante ter elementos da minha confiança e da confiança do Ministério das Obras Públicas. Apenas foram colocadas as pessoas que achávamos que eram as mais adequadas para cumprir as funções», rematou.
[Actualizada às 15h20]
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