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Habitação: preços subiram 90% em 10 anos

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OCDE pede corte nos incentivos à compra de casa

A OCDE defende a redução dos incentivos à compra de casa e a promoção do arrendamento e da mobilidade residencial, considerando que as políticas habitacionais erradas em vários países contribuíram para a crise financeira, refere a Lusa. É que, nalguns países, os preços chegaram a aumentar 90%.

Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a «má gestão dos mercados da habitação desempenhou um papel decisivo no desencadear da recente crise financeira global e pode atenuar a recuperação».

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O estudo sobre o mercado habitacional conclui que a facilidade no acesso ao crédito contribuiu para a subida dos preços da habitação desde 1980 até 2008, com as casas a registarem nalguns países aumentos superiores a 90%, caso da Espanha, Reino Unido, Irlanda e Holanda.

Já em Portugal o crescimento dos preços da habitação ficou abaixo de 20%, um grupo de que também fazem parte Alemanha, Hungria, Suíça ou Japão.

Grécia e França fazem parte do grupo de países que registou crescimentos dos preços das casas entre 20 e 90% de 1980 até 2008.

A organização liderada por Angel Gurría também defende uma mudança da tributação sobre bens imobiliários, considerando-a demasiado favorável, e defendendo a transferência desses benefícios para outras formas de investimento.

O objectivo é reduzir a especulação imobiliária e apoiar o arrendamento de modo a facilitar a mobilidade geográfica.

A OCDE acredita que políticas de incentivo à aquisição de casa tiveram como consequências preços mais altos e a redução da mobilidade dos trabalhadores devido à dificuldade em mudar de casa.

Portugal é um dos países em que, segundo a organização, a mobilidade residencial é mais reduzida, com um nível inferior a 3% em 2007, tal como na Irlanda, enquanto em Espanha foi de cerca de 4%.

Entre os países analisados pela OCDE, a Islândia foi o país que revelou maior mobilidade residencial, com 15%, enquanto nos Estados Unidos foi superior a 10%. A França registou quase 9% e o Luxemburgo quase 6%.

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