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Hospitais: dívida às farmácias sobe 2 milhões por dia

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Dívidas à indústria farmacêutica chega já a 920 milhões. Unidades de saúde demora 349 dias a pagar aos fornecedores

As dívidas dos hospitais à indústria farmacêutica subiram 2 milhões de euros por dia durante o mês de Julho, para um total de 920 milhões, demorando agora estas unidades de saúde 349 dias para pagar a estes fornecedores.

De acordo com os dados do relatório mensal elaborado pela Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, a que a Lusa teve acesso, os hospitais aumentaram a dívida às farmacêuticas em 2 milhões por dia, aumentando, no último mês, 60 milhões de euros.

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Nos dados, constata-se que a dívida total dos hospitais aos laboratórios subiu 67,3 por cento desde Agosto do ano passado, passando de 555,7 milhões para 929,5 milhões de euros.

A manter-se o crescimento da dívida, já neste mês ou no próximo os valores devem superar os mil milhões de euros.

A crescente subida destes valores, que estão sucessivamente a aumentar desde agosto do ano passado (com excepção do mês de Dezembro), levou os associados da Apifarma a avançarem para a cobrança de juros, tendo motivado um pedido de informação por parte da Autoridade da Concorrência.

A Autoridade da Concorrência está a investigar pelo menos mais dois processos na área da Saúde, para além da investigação à eventual concertação de posições dos laboratórios relativamente à cobrança de juros pelas dívidas dos hospitais.

O pedido de esclarecimentos feito à Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), na mesma semana em que foi aprovada em assembleia-geral a resolução que avança para a cobrança de dívidas, é o último de, pelo menos, mais dois processos que estão em investigação pela equipa liderada por Manuel Sebastião.

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Os outros dois processos, os únicos publicamente conhecidos, dizem respeito a duas queixas interpostas pela Apifarma junto da Autoridade da Concorrência e que visam diretamente a Associação Nacional das Farmácias.

Um tem a ver com a eventual verticalização da atividade da ANF que, ao ter avançado para a produção de genéricos, com a marca Almus, acaba por participar na produção, distribuição e venda dos medicamentos, através da Almus (na produção), da Alliance Unichem (na distribuição) e na venda (através das farmácias).

O outro tem a ver com a atividade da empresa Sifarma, que recolhe a informação relativa ao mercado do medicamento diretamente das farmácias que são associadas à ANF. Como a ANF é a associação escolhida por mais de 2.700 das cerca de 3.000 farmácias existente em Portugal, a Apifarma entende que a recolha dessa informação configura informação privilegiada.

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