O Banco Central Europeu vai aceitar todos os instrumentos de dívida com garantia do Governo irlandês como colateral para os empréstimos do banco central às instituições do país, suspendendo o limite mínimo de notação financeira nestes colaterais.
Depois de já o ter feito com a Grécia e de ter alargado as regras de colateral que aceitava nas suas operações de financiamento aos bancos na sequência da crise financeira, o banco central volta agora a tomar medidas excepcionais com a Irlanda.
PUB
De acordo com o Banco Central Europeu, o compromisso da Irlanda em recapitalizar os bancos e em cumprir com o programa de consolidação traçado pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) devem ser avaliados «positivamente».
A instituição explica ainda, num email citado pela Bloomberg, que esta suspensão das regras mínimas de rating nos colaterais está baseada na avaliação positiva desse programa, do aumento de capital de quatro bancos (anunciado na quinta-feira após os resultados dos testes de stress) e da decisão de proceder à desalavancagem e redução da dimensão do setor bancário.
Os reguladores irlandeses anunciaram na quinta-feira que quatro bancos irlandeses, submetidos aos testes de stress teriam de aumentar o seu capital em 24 mil milhões de euros, com o Governo a anunciar de seguida que pretende promover a fusão de dois desses bancos.
O BCE diz também que esse reforço de capital dos bancos lhes dá a condição de solvência necessária para poderem continuar a aceder a refinanciamento através do Eurosistema.
PUB