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Lucro da Zon sobe 1,7% e surpreende analistas

Mercado antecipava queda de 7% nos resultados até março

A Zon lucrou mais 1,7% no primeiro trimestre deste ano, alcançando um resultado de 10,3 milhões de euros. A empresa de multimédia surpreendeu os analistas, que esperavam, segundo a Reuters, que o lucro tivesse descido 7% para 9,5 milhões.

O controlo de custos e a geração de cash flow acabou por compensar a quebra do consumo causada pela recessão em Portugal, explica a empresa num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

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«Preparámos a empresa a tempo para enfrentar esta conjuntura desfavorável e isso tem permitido obter resultados operacionais e financeiros muito animadores, como os que divulgamos hoje» [quarta-feira à noite], disse à Reuters o responsável José Pereira da Costa.

No comunicado, a empresa destaca que mostra «a forte resiliência dos seus negócios numa conjuntura adversa».

O lucro antes de impostos, amortizações e depreciações - o EBITDA - também subiu, ainda que muito ligeiramente (0,2% para 79,7 milhões de euros).

Já as receitas consolidadas estabilizaram em 214 milhões de euros. A participada angolana ZAP contribuiu com 6,3 milhões de euros para o volume de vendas consolidado da Zon.

E acabou por compensar também o recuo das rceitras de pay-TV, Internet em banda larga e telecomunicações de voz. Um recuo de 1,9% que, segundo o mesmo comunicado, se deve ao aperto de cinto que muitas famílias e empresas portuguesas se estão a ver obrigadas a fazer na sequência das medidas de austeridade.

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O segmento premium, video-on-demand e canais temáticos de filmes, séries e desporto foram os que mais ressentiram, nas receitas, esta conjuntura.

O negócio de cinemas também recuou, e de forma assinalável: as receitas afundaram 13,7% para 11,8 milhões de euros. Aqui, não só o travão às idas ao cinema explica os números, mas também a subida de impostos.

Pela positiva, os clientes de televisão cresceram ao ritmo mais rápido desde 2007. A empresa conquistou 65,8 mil clientes de telecomunicações e pay-tv até março e, no cabo, conseguiu arrecadar 26 mil novos clientes. Nesta matéria, este foi «o melhor trimestre desde 2010».

Telefónica sem qualquer participação

Recorde-se que a empresária angolana Isabel dos Santos tornou-se esta semana a maior acionista da ZON, tendo adquirido mais 5% do capital social da empresa. Passou a deter, assim, 15% da companhia.

Entretanto, a espanhola Telefónica também anunciou que deixou de deter qualquer participação no capital social e respetivos direitos de voto na Zon Multimédia.

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A operação resulta da «alienação realizada, no passado dia 08 de maio de 2012, em operação realizada fora de mercado regulamentado, pela Telefónica e pelas sociedades por si diretamente ou indiretamente detidas», lê-se num comunicado igualmente enviado à CMVM.

A Telefónica detinha uma participação total de 4,92%, que se repartia por uma participação de 4,26% da Telefónica (empresa-mãe), 0,39% da Telefónica Brasil e 0,27% da Aliança Atlântica.

Mas, «em resultado da referida alienação, a Telefónica e as sociedades por si direta ou indiretamente detidas, Telefónica Brasil e Aliança Atlântica, deixaram de deter qualquer participação no capital social e direitos de voto da ZON, pelo que não é, na presente data, imputável à Telefónica qualquer participação no capital social e direitos de voto da ZON».

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