O resultado líquido da Portucel ascendeu a 196,3 milhões de euros em 2011, uma queda homóloga de 6,8 por cento, justificada pela empresa com o ambiente económico adverso, conforme o comunicado enviado esta segunda-feira à CMVM.
«Num ano caracterizado por uma conjuntura particularmente adversa, o grupo atingiu um volume de negócios de cerca de 1,5 mil milhões de euros, crescendo 7,4% face ao ano anterior. Este aumento resulta essencialmente do crescimento das vendas de papel fino de impressão e escrita não revestido (papel UWF), possibilitado pelo aumento de produção proveniente da nova fábrica de papel, e pelo crescimento da produção de energia», lê-se no comunicado enviado pela Portucel à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
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O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) consolidado foi de 385,1 milhões de euros, o que representa uma redução de 3,8% face a 2010, e se traduz numa margem EBITDA/Vendas de 25,9%, inferior em 3 pontos percentuais à registada no ano anterior.
«Os custos tiveram uma evolução desfavorável em relação ao ano de 2010, devido ao aumento verificado no preço médio do «mix» de madeira e nos produtos químicos, especialmente ao longo do primeiro semestre. Verificou-se também um aumento em alguns custos fixos de produção, designadamente nas despesas de manutenção e nas despesas com pessoal», revelou a empresa.
Segundo a Portucel, o aumento verificado nas despesas com pessoal deveu-se essencialmente ao agravamento do custo com o fundo de pensões e a custos associados ao redimensionamento do quadro com pessoal.
Os resultados operacionais tiveram um decréscimo de 4,2%, parcialmente devido ao facto de os resultados de 2010 terem sido positivamente «afectados pela reversão de provisões ocorridas nesse ano», explicou a empresa.
As vendas globais de papel ascenderam a 1,5 milhões de toneladas, um aumento de 7% em relação a 2010.
Refira-se que as exportações de 1,233 mil milhões de euros representam 95% das vendas de pasta e papel do grupo.
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