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Maior queda de sempre no consumo das famílias

Há décadas que portugueses não apertavam tanto o cinto. Estatísticas só têm vindo a piorar

É um corte sem precedentes aquele que os portugueses estão a fazer no consumo. Se já em Junho as as estatísticas não primavam pelo optimismo, em Julho gelaram para níveis nunca antes vistos, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal.

É assim um Verão com sabor amargo para a economia portuguesa: o consumo privado sofreu um rombo para os -3,4 face aos negativos -3,1 de Junho. Desde, pelo menos, 1978 que não se registada uma queda com esta dimensão.

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Depois, também o indicador que mede a actividade económica em Portugal voltou a arrefecer em Julho.

Os indicadores de conjuntura mostram, com mais detalhe, que a «temperatura» da actividade económica caiu de 1 em Julho de 2010, para -0,8 no mês passado e de -1 para -1,3 em termos mensais.

No que toca ainda ao consumo privado, o segundo trimestre de 2011 registou uma «queda acentuada» no volume de negócios no comércio a retalho. Trata-se de um recuo de 6,1%, um valor ainda assim semelhante ao observado no primeiro trimestre do ano (6,2%).

Outro ponto destacado pelo Banco de Portugal tem que ver com as vendas de veículos de passageiros que, incluindo veículos todo-o-terreno, caíram 29,6% no trimestre terminado em Julho, e em termos homólogos. A queda trimestral é de 24,7%.

Crédito com cinto cada vez mais apertado

Os dados da instituição liderada por Carlos Costa apontam ainda para nova diminuição nos empréstimos concedidos ao sector privado não financeiro, isto é, a empresas e famílias, com as taxas a baixarem 1,1 e 0,5 pontos percentuais, para -0,3% e -0,1%, respectivamente.

Se olharmos apenas para os empréstimos à habitação, vemos confirmada a «tendência de desaceleração», com uma taxa de variação anual de 0,4% (menos 0,5 pontos percentuais face a Junho). Variação negativa, de 2,2%, também no crédito ao consumo e para outros fins.

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