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Morte do euro: empresas já preparam planos de emergência

Companhias temem pior dos cenários e por isso querem agir preventivamente

É uma nuvem negra a que paira pela Europa e as grandes empresas estão a preparar-se para o pior. Já estão até a traçar planos de emergência para o caso de o euro colapsar.

«Estamos cientes de que há poucas empresas a fazer planos de contingência para o caso de um colapso do euro. Dito isto, nós fizemos uma primeira análise, aproximada, sobre as consequências do fim do euro em Portugal», adiantou ao «Financial Times» o director financeiro da Volkswagen Autoeuropa, uma das maiores empresas exportadoras de Portugal.

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Jürgen Dieter Hoffmann explicou que «o impacto não seria tão negativo assim para a nossa empresa, já que somos principalmente um exportador e pertencemos a um grupo com presença em todo o mundo».

Ou seja, e segundo o que a Agência Financeira confirmou junto de fonte oficial da Autoeuropa, não há qualquer plano de emergência para um eventual um colapso do euro a nível global. Foi sim feita uma análise apenas para o caso de Portugal deixar a moeda única.

Espanha e Itália também equacionam cenário

Mas mesmo aqui ao lado, em Espanha, há quem já comece a colocar em cima da mesa a «morte» do euro. A empresa Novo Nordisk, que produz medicamentos para a diabetes, questionou, na última reunião que realizou, como é que fixaria os preços de dois novos produtos de insulina se o euro desmoronasse, segundo o «El País».

No grupo espanhol de construção FCC, está já delineado um «Plano B» para uma possível tempestade financeira que hipoteticamente possa assolar o Sul da Europa. No entanto, nesse plano não está introduzida a possibilidade de dissolução do euro. «Acho que a probabilidade é muito baixa, porque o custo para toda a Europa seria incrível», disse o presidente da empresa, Baldomero Falcones, ao FT.

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Em Itália, estão igualmente a ser engendrados programas preventivos para choques financeiros e económicos extremamente graves, sem no entanto se prever um colapso do euro. De qualquer modo, as grandes multinacionais querem estar prontas a enfrentar «qualquer cenário, mesmo o mais improvável», admitiu o presidente executivo da CIR, ligada ao ramo da indústria.

Economistas já deixaram vários avisos

São só alguns exemplos, mas o certo é que o rumo (ou a falta dele) que a Europa está a tomar obriga as empresas a agirem preventivamente.

O fim da moeda única é cada vez mais prenunciado. Ainda na semana passada, 14 dos 20 economistas ouvidos pela Reuters afirmaram que a moeda única não vai sobreviver na sua forma actual e admitiram que as empresas começam a preparar-se para um cenário extremo.

Por cá, são vários os especialistas que avisaram já que estamos no fim da linha. Ainda ontem Vítor Bento alertou que a Europa está à beira do precipício.

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