Os moinhos estão a ter mais procura do que oferta para servir a habitação. No nosso país ainda restam qualquer coisa como 30 mil moinhos mas há milhares ao abandono.
Segundo o «Diário de Notícias», estas «casinhas» perdem-se em processos difíceis de partilhas de herdeiros e acabam por ficar esquecidos, até que as pedras vão caindo e acabam por sumir.
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As imobiliárias dizem que é um autêntico desperdício, já que há pessoas interessadas em comprar moinhos para servirem de habitação e a verdade é que há poucos para venda.
Só nas 17 freguesias do Concelho de Mafra «há 276 moinhos de vento», avançou ao jornal Paulo Fernandes, do gabinete do património da Câmara Municipal, que garantiu ainda «muitos já estão em ruínas, mas 103 moinhos de vento tradicionais encontram-se em razoável estado de conservação» até são recuperáveis.
Uma imobiliária da Ericeira revelou que «há um [moinho] em Odivelas, já pronto a habitar, que custa 300 mil euros».
Apesar de muitos moinhos se encontrarem ao abandono «está-se a caminhar no sentido correcto e da sustentabilidade, com autarquias e empresas a recuperá-los para o turismo rural e projectos integrados de desenvolvimento», rematou o mesmo responsável.
Quem não quer comprar pode arrendar
Além dos moinhos que existem à venda, há também muitos para arrendar, por exemplo nas férias ou por um fim-de-semana.
O jornal «i» traz esta sexta-feira um artigo sobre alguns dos moinhos que em Portugal foram transformados em habitação e que podem ser arrendados. Alguns são verdadeiros espaços de luxo e lazer, com paisagens naturais extraordinárias.
Os preços variam bastante. Há quartos a 20 euros por pessoa na época baixa, mas também há quem arrende um espaço destes a 360 euros por semana.
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