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«Não percebo porque se demorou 3 anos a privatizar o BPN»

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Presidente da Associação Portuguesa de Bancos deu a entender que não existiam motivos suficientes para nacionalização o banco

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) não percebe porque se demorou três anos a avançar com a privatização do BPN.

António de Sousa, que está a ser ouvido nas Comissões de Orçamento e Finanças e de Economia e Obras Públicas no Parlamento, admitiu que pudesse existir um risco sistémico quando o banco foi nacionalizado, mas sublinhou que, na altura, o montante de depósitos no banco era baixo.

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«Eu defendi a nacionalização do banco, porque podia criar um problema sistémico», admitiu.

No entanto, lembra que «ainda não se sabe qual é o valor da conta final (dos custos para o Estado com a nacionalização)», e que «o valor da totalidade dos depósitos era de pouco mais de 4 mil milhões».

«Daqui a pouco, o prejuízo é maior do que a totalidade dos depósitos. Isso é que já me faz confusão. Quase que mais valia pagar os depósitos todos e fechar o banco», explicou, embora admitindo que esta é uma visão «simplista» do problema.

Para o representante dos banqueiros, o banco foi mantido como um «morto-vivo durante três anos». «É este o problema da gestão pública, depois não há saída».

O presidente da APB comparou a fraude no BPN com os assaltos aos Multibancos que têm acontecido nos últimos tempos, para explicar que o problema do banco não deveria ter qualquer efeito sistémico na banca, que não fosse pela via da desconfiança. «A fraude no BPN não tem nada a ver com uma questão de banca, é como os assaltos aos Multibancos».

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