O Governo espera que a estratégia da Nissan volte a passar por Portugal, depois de a empresa ter suspendido a fábrica de baterias em Aveiro para carros eléctricos, disse fonte oficial do Ministério da Economia.
Já o presidente da AICEP, Pedro Reis, sublinhou que a decisão da Nissan não é uma desistência mas sim uma «hibernação» do investimento.
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Admitindo que ficou a saber da decisão da empresa na segunda-feira - dia em que a Nissan anunciou a suspensão do investimento em Portugal - fonte do Ministério adiantou, citada pela Lusa, que o Executivo está «a acompanhar a situação» mas sublinhou tratar-se de uma «decisão do investidor».
A Nissan vai suspender a fábrica de baterias em Aveiro para os seus carros eléctricos, um dos últimos investimentos estrangeiros anunciados pelo ex-primeiro-ministro José Sócrates.
O porta-voz da Nissan, António Pereira-Joaquim, explicou que a administração da aliança Renault-Nissan «decidiu suspender a fábrica de baterias eléctricas em Portugal porque, após análise detalhada do plano de negócios, chegou à conclusão que as quatro fábricas espalhadas por todo o mundo seriam suficientes para os objectivos».
O anterior primeiro-ministro José Sócrates tinha lançado a 11 de Fevereiro a primeira pedra da fábrica de baterias para carros eléctricos da Nissan em Cacia, Aveiro, que representaria um investimento de 156 milhões de euros e a criação de 200 postos de trabalho.
A decisão de suspensão da fábrica portuguesa, que começaria a laborar no início do próximo ano, não está ligada, segundo o porta-voz da Nissan, ao projecto de Portugal sobre a mobilidade eléctrica, embora, na altura, «o avanço e a aposta do Governo nesta matéria tenha contribuído para a Nissan ter optado por Portugal».
Mas a decisão por Portugal, na altura, ficou a dever-se, segundo o responsável da Nissan, à «localização geográfica», já que Portugal estaria em condições de «ajudar» as outras quatro fábricas.
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