As nomeações e os salários milionários começam a ser criticados mesmo dentro do PSD. António Capucho considera o ordenado de Eduardo Catroga na EDP escandaloso e Pedro Santana Lopes, antigo primeiro-ministro e actual provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, não poupa o Executivo de Passos Coelho.
«Foi um momento bastante infeliz para o Governo na história destes seis meses porque cai em cima do Executivo». O primeiro-ministro, sublinhou Santana, quis estar distante deste tipo de nomeações, mas «afinal o resultado final não foi esse».
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Eduardo Catroga, como presidente do Conselho Geral da EDP, e apesar da empresa já estar fora do controlo do Estado, merece também as críticas de António Capucho. «A EDP quis agravar ao Governo e exagerou: o que este senhor vai ganhar é que é um escândalo ¿ e o vencimento vai sair na factura que me chega a casa todos os meses».
Manuel Frexes, presidente da Câmara Municipal do Fundão, e Álvaro Castello-Branco, vice-presidente da câmara do Porto, são outros rostos da polémica: os dois autarcas do PSD e CDS foram nomeados pelo Governo para a empresa Águas de Portugal. Segundo o «Diário de Notícias», Frexes receberá 121 mil euros de salário base aos quais se juntam quase 30 mil em ajudas de custo.
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