Por esse preço a minha resposta é claramente não»: a declaração é de Nuno Vasconcellos, o presidente da Ongoing, sobre a venda da participação de 30% que a Portugal Telecom detém na brasileira Vivo à Telefónica. A Ongoing é a quarta maior accionista da PT e está decidida a travar o negócio.
S&P: «Venda da Vivo enfraquece PT»
PUB
Telefónica pode aumentar oferta sobre Vivo para 8,2 mil milhões
A oferta «não reflecte o valor estratégico da Vivo nem os benefícios que a Telefónica poderia obter com a fusão do negócio móvel da Telesp», reforçou o presidente da Ongoing, em entrevista à Bloomberg, referindo-se à operadora fixa da Telefónica no Brasil.
A PT agendou uma Assembleia Geral para o próximo dia 30 de Junho, para tomar uma decisão sobre o negócio. A Telefónica subiu a parada de 5,7 mil milhões de euros para 6,5 mil milhões, com vista à aquisição da participação da operadora portuguesa na Vivo.
A PT começou por rejeitar a proposta, alegando que não reflecte o valor estratégico da Vivo para a Telefónica. Mas agora vai dar voz aos accionistas.
Analistas da JPMorgan e do Banif Investment Bank consideram que a oferta pode aumentar em mais 500 milhões de euros. «A Telefónica não pode esperar que deixamos o Brasil com uma mão cheia de nada», reiterou Nuno Vasconcellos.
Sem arriscar um valor justo de oferta pela posição da PT na Vivo, o presidente da Ongoing defendeu, no entanto, que «precisamos de dinheiro e condições para avançar numa direcção diferente».
Com 6,8% do capital da PT, a Ongoing está a fazer-se ouvir e pode mesmo vir a fazer tremer o negócio.
PUB