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OPA à Cimpor: Camargo diz que proposta da Semapa é «enganadora»

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Tal pode levar a OPA obrigatória

A InterCement, que lançou uma OPA sobre a Cimpor, criticou esta sexta-feira a proposta da Semapa, dizendo que a comparação com a sua oferta é «enganadora» e que, caso seja aceite pela CGD e BCP, levará ao lançamento de uma OPA.

Segundo a cimenteira brasileira, que é detida pela Camargo Corrêa e que lançou a 30 de março uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a totalidade do capital da Cimpor, oferecendo 5,50 euros por ação, a proposta da Semapa «pode confundir os investidores», já que se trata de uma operação de troca de títulos e não de uma compra de ações, escreve a Lusa.

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Além de considerar que o valor de 5,75 euros por ação oferecido pela Semapa pela Cimpor «não é um valor real», a InterCement realçou, em comunicado, que «se a proposta da Semapa, na versão divulgada nos media, viesse a ser aceite pelas entidades a quem foi dirigida, a mesma dará origem a uma OPA obrigatória a lançar por todas as entidades envolvidas (Semapa, Fundo de Pensões do BCP e CGD - sendo a esta imputada a participação da Votorantim -, e Manuel Fino)».

No mesmo comunicado, a empresa brasileira reforçou que "o valor atribuído pela Semapa às ações da Cimpor, de 5,75 euros, não pode ser considerado um valor efetivo, na medida em que a lei (...) não permite que as partes acordem esse valor, o qual terá de ser fixado por uma entidade independente".

E acrescentou que «o valor das ações da Cimpor, para o efeito pretendido pela Semapa, não pode ser neste momento garantido e poderá vir a ser maior ou menor do que o oferecido na OPA».

Por outro lado, segundo a Camargo, «a comparação entre os valores oferecidos na OPA e os valores atribuídos às mesmas ações na proposta da Semapa é também enganadora, porque não se pode comparar uma venda de ações com pagamento imediato do preço, como sucede na OPA da InterCement, com a troca das mesmas ações por títulos de uma sociedade a constituir no futuro, cujo valor final é desconhecido e indeterminado, sem cotação nem liquidez, como sucede com a proposta da Semapa».

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Por fim, a empresa brasileira realçou que «os investidores em geral podem ter entendido a proposta da Semapa como sendo uma oferta dirigida a todos os acionistas da Cimpor, quando, na realidade, se trata de uma proposta apresentada, em termos concretos que se desconhecem, apenas a dois ou três acionistas».

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) já pediu esclarecimentos ao empresário Pedro Queiroz Pereira, presidente da Semapa, sobre a proposta alternativa que apresentou à OPA lançada pela Camargo Corrêa sobre a Cimpor.

[Notícia atualizada às 18h38 com mais informação]

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