Os acionistas da Cimpor reúnem-se esta sexta-feira em assembleia-geral, numa altura em que a cimenteira é alvo de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA), lançada pela Camargo Corrêa, e de uma proposta alternativa a esta operação, apresentada pela Semapa.
A AG está agendada para as 10h30, segundo a Lusa. Na ordem de trabalhos da reunião que decorrerá no auditório da Culturgest, em Lisboa, constam oito pontos, entre os quais a eleição de Norberto Rosa para administrador, em substituição de Jorge Tomé, que renunciou.
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Também se procederá à aprovação das contas de 2011, ano em que o lucro da cimenteira caiu 18,1% para 198,1 milhões de euros, e da distribuição de um dividendo bruto de 0,166 euros por ação, o que totaliza a distribuição de mais de 110 milhões de euros aos acionistas.
Os acionistas da cimenteira vão também pronunciar-se sobre a alienação de ações próprias a colaboradores e membros dos órgãos de administração bem como sobre a aquisição e alienação de ações próprias.
Na OPA lançada a 30 de março, a InterCement oferece 5,50 euros por ação, um valor que a administração da Cimpor considera muito baixo e que, aliado à falta de informação sobre as intenções da brasileira para o futuro da empresa, levou a que não recomendasse a venda.
Na sequência da OPA da InterCement, a Semapa apresentou, a 5 de abril, uma proposta alternativa.
A empresa detida pelo empresário Pedro Queiroz Pereira apresentou à Caixa Geral de Depósitos e à Pensõesgere (Sociedade Gestora de Fundos de Pensões) - dois dos acionistas da Cimpor - uma proposta relativa à aquisição, por uma sociedade a constituir, do conjunto das suas participações na cimenteira, oferecendo 5,75 euros por ação.
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Antes da apresentação da proposta da Semapa, a Caixa Geral de Depósitos e o Fundo de Pensões do BCP já tinham anunciado que iriam vender as suas participações (9,6 e 10%, respetivamente) no âmbito da OPA da brasileira.
A InterCement criticou, entretanto, a proposta da Semapa, dizendo que a comparação com a sua oferta é «enganadora».
Além da Caixa Geral de Depósitos, do Fundo de Pensões do BCP e da Camargo Corrêa, são acionista da Cimpor a brasileira Votorantim (21,1%) e o empresário Manuel Fino (10,7%).
Depois da assembleia-geral, durante a tarde, são ouvidos no Parlamento, a pedido do PS, os presidentes da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), do conselho de administração da Cimpor e da Caixa Geral de Depósitos, para prestarem esclarecimentos sobre a OPA.
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