O pagamento de dívidas aos bancos, na sequência da transferência dos fundões de pensões da banca para o Estado, vai traduzir-se em mais liquidez, o que ajudará a financiar as PME.
«Se efectivamente em vez de haver renovação de crédito ao sector publico houver amortização de empréstimos, esse dinheiro fica livre para financiar as pequenas e médias empresas», disse ainda na terça-feira o presidente do BCP, à margem do encerramento do Movimento Milénio.
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Questionado sobre se tal se poderá mesmo verificar, depois de alguns analistas terem argumentado que não é solução para aumentar o financiamento da economia, Carlos Santos Ferreira reiterou que, «em princípio, haverá margem para que isso aconteça».
A transferência dos fundos de pensões dos principais bancos portugueses, aprovada na semana passada, em Conselho de Ministros, vai valer aos cofres do Estado cerca de seis mil milhões de euros.
Tal como previsto, parte desse valor será usado para atingir a meta de um défice de 5,9% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, mas segundo o Governo o restante servirá, de facto, para o Estado pagar dívidas que tem aos fornecedores e à banca.
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