O PCP exortou esta sexta-feira o Governo a tomar «as medidas adequadas para impedir o encerramento» do Rádio Clube Português (RCP) e o anunciado despedimento de 36 trabalhadores.
Para este partido, o anunciado descontinuar das emissões do RCP constitui «mais um exemplo do aproveitamento pelos grupos económicos da actual situação do país» com o intuito de «intensificar a exploração dos trabalhadores», «reduzir postos de trabalho» e «acelerar a acumulação de lucros», diz o PCP em comunicado.
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Os comunistas questionaram esta sexta-feira o Governo sobre o assunto, perguntando se o Executivo socialista tem conhecimento «da situação deste encerramento» e quais as medidas que «pretende tomar para acompanhar a situação» dos trabalhadores, «nomeadamente no respeito e cumprimento dos seus direitos laborais».
O RCP vai deixar de emitir no domingo, anunciou na quinta-feira a administração do grupo Media Capital Rádio, explicando que o projecto é economicamente inviável e que a decisão implica o despedimento de 36 trabalhadores.
Para o PCP a administração da Media Capital Rádios «invoca o quadro financeiro» para tomar uma decisão, «escondendo que ao longo dos últimos anos não apenas se têm mantido e até crescido as receitas publicitárias e o volume de negócios do grupo».
O partido comunista diz mesmo que os lucros do grupo «têm sido de tal forma significativos (...) que desmentem cabalmente a tese das dificuldades financeiras invocadas para esta decisão», adiantando que «nos últimos dois anos foram distribuídos mais de 80 milhões de euros em dividendos» aos accionistas da Media Capital.
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