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PCP: estão «a fazer tudo» para o FMI vir para Portugal

Comunistas dizem que execução orçamental é «um falhanço»

[Notícia actualizada às 12h15]

O Governo e o principal partido da oposição, o PSD, estão «a fazer tudo» para facilitar a entrada do FMI em Portugal, acusa o PCP. E isso apesar de ambos se dizerem contra esta possibilidade.

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«O Orçamento como os senhores o vão aprovar reforça a possibilidade de entrada do FMI em Portugal. Os senhores dizem-se contra mas fazem tudo para que o FMI entre e estão a aplicar tudo o que eles querem aplicar» no país, disse esta terça-feira o deputado comunista Honório Novo, no debate do Orçamento do Estado na especialidade.

O PSD «veio à Assembleia tirar o cavalinho da chuva», ao dizer que este orçamento é do Partido Socialista que, por sua vez, expressou publicamente, diz o PCP, o «agradecimento ao PSD por ter aprovado este Orçamento».

«Estão a entreter o povo, mas execução é um falhanço»

Mais ainda: Honório Novo acusou o Governo, pela voz do secretário de Estado do Orçamento de estar a «entreter o povo ao falar da execução orçamental».

«Mas a execução orçamental é um completo falhanço e o Governo esqueceu-se de falar das receitas extraordinárias, sem as quais não haveria execução orçamental que resistisse».

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O deputado Agostinho Lopes chegou mesmo a dizer que se registou até Outubro uma «degradação da execução orçamental que só não é pior pelas piores razões»; e antecipa já que a situação vai agravar-se no próximo ano.

Para o PCP, este número poderia ser mais grave se não tivesse ocorrido «um corte nos investimentos de capital» do Governo. O resultado foi atenuado ainda pela «subida do IVA, decorrente da subida da taxa feita em Junho». A mesma opinião foi manifestada pelo CDS.

Caso não tivessem havido receitas extraordinárias, o país chegaria «ao fim do ano com uma taxa de cerca de 8,3%» do défice.

«Todos os dados que estão em cima da mesa evidenciam a possibilidade de uma degradação orçamental, sobretudo porque o que está em cima da mesa é uma recessão da atividade económica, com o agravamento brutal da taxa de desemprego».

O PCP «vai votar contra», disse Honório Novo, por «estar a favor dos desempregados», «a favor dos que têm menos» e dos que «vão passar dificuldades» com as medidas incluídas no Orçamento do Estado para 2011, cita a Lusa.

«A voz que se levanta contra este Orçamento está a ser dada e vai ser dada esta semana, nas ruas», na greve geral desta quarta-feira.

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