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PCP quer questionar ministro sobre OPA à Cimpor

Operaçao coloca em causa «futuro da empresa»

O PCP vai chamar o ministro da Economia ao Parlamento, para questionar Álvaro Santos Pereira acerca da OPA sobre a Cimpor, operação que colocará «em risco» o futuro da empresa, avança a Lusa.

«A concretizar-se esta OPA [Operação Pública de Aquisição] sobre a Cimpor, que colocaria a principal empresa industrial portuguesa integralmente nas mãos de um grupo económico privado estrangeiro, seria o próprio futuro da empresa e a sua laboração em Portugal que ficariam comprometidos no futuro», afirmou Vasco Cardoso, da comissão política do PCP, durante uma conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa.

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Adiantando que, por se tratar de uma matéria «demasiado sensível» para passar à margem do questionamento direto ao Governo, o PCP irá chamar o ministro da Economia ao Parlamento, Vasco Cardoso defendeu que o executivo de maioria PSD/CDS-PP deverá exercer todos os mecanismos que estiverem ao seu alcance para impedir esta OPA, nomeadamente através da recusa da Caixa Geral de Depósitos em vender as ações que detém.

«O PCP considera que nenhum Governo tem o direito de, a troco de patacos, promover a privatização total de uma empresa estratégica comprometendo o futuro do país», sublinhou.

Vasco Cardoso recordou ainda que já hoje a Cimpor é uma empresa maioritariamente dominada pelo «grande capital estrangeiro», contudo, o seu carácter estratégico para o país decorrer de produzir uma matéria-prima indispensável à economia, o cimento.

Condenando a intenção do Governo de prosseguir uma «política de subordinação dos interesses nacionais à lógica de maximização do lucro por parte dos grupos económicos e financeiros», Vasco Cardoso falou mesmo em processo de privatização «criminoso».

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«O atual Governo PSD/CDS-PP prepara-se para concluir o criminoso processo de privatização desta empresa, ao facilitar a OPA lançada pelo grupo brasileiro Camargo Corrêa», disse.

Vasco Cardoso notou ainda que a Cimpor é hoje a maior empresa industrial portuguesa, com presença em 11 países e empregando diretamente 8.250 trabalhadores.

«A Cimpor é um dos dez maiores grupos cimenteiros nacionais, nos últimos oito anos os seus lucros líquidos atingiram os 2.082 milhões, cerca de 260 milhões por ano», reforçou.

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