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Portucel: lucros crescem 92% no primeiro semestre

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Nova fábrica de Setúbal permitiu à empresa de papel crescer cerca de 20 por cento na Europa

O lucro da Portucel subiu 91,8 por cento no primeiro semestre, em comparação com igual período do ano passado, para 90,4 milhões de euros, anunciou esta terça-feira a empresa.

O volume de negócios cresceu 22,2%, para 657,1 milhões de euros, um «crescimento resulta, essencialmente, de um maior volume de papel vendido, sustentado na produção da nova fábrica de papel e do aumento de produção e venda de energia», explica a Portucel no comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.

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Já no negócio da pasta, a empresa refere que o «desempenho incorpora, por um lado, a subida acentuada do preço de venda e, por outro, a diminuição da quantidade de pasta disponível para a venda em mercado, devido à integração em papel na fábrica de Setúbal».

Objectivo: produzir 5% da electricidade em Portugal

Na área da energia, a produção bruta de energia eléctrica ascendeu a 839 mil MWh, valor superior ao verificado no homólogo, devido à entrada em funcionamento da nova central de cogeração a gás natural em Setúbal, em Agosto de 2009 e devido à produção das novas centrais termoelétricas a biomassa de Cacia e Setúbal, que arrancaram no final do ano passado.

O objectivo da Portucel passa por produzir 5% da electricidade em Portugal.

Por ora, a nova fábrica de Setúbal permitiu à empresa nacional crescer cerca de 20% na Europa.

No total, o valor das vendas de energia cresceu 84,1% face ao ano passado, enquanto o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) aumentou 79,9%, para 178,2 milhões de euros.

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Além disso, a Portucel beneficiou das situações metereológicas adversas que aconteceram no Chile, Estados Unidos e Norte da Europa e que permitiram ao grupo ocupar quota de mercado nesses países.

«O preço da lista para a pasta harwood registou durante o primeiro semestre mais seis subidas de preço no total de 220 dólares [cerca de 169 euros] por tonelada», pode ler-se no relatório da empresa, que justifica essa valorização com a «redução da oferta de pasta nos mercados internacionais» motivada pelas situações adversas daquelas regiões.

Projecto em Moçambique custa 1,7 mil milhões

Ainda no mesmo relatório de contas, a Portucel anuncia que que estão a ser iniciados os ensaios florestais para o seu projecto de 2,3 mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros) em Moçambique.

A papeleira recebeu a aprovação pelo governo moçambicano de uma concessão de 173 mil hectares de terreno na Zambézia, que deverão ser complementados com uma área adicional de 220 mil hectares em Manica.

As acções da Portucel encerraram a perder 0,59% para os 2,15 euros.

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