Os lucros da Portucel subiram 112,9 por cento nos primeiros nove meses, face igual período de 2009, para 154,3 milhões de euros, sustentados pela produção da nova fábrica de papel e aumento de produção e venda de energia.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa adianta que os lucros no terceiro trimestre cresceram 9,9 por cento face aos três meses anteriores, para 63,9 milhões de euros.
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As vendas consolidadas do Grupo Portucel atingiram 1.003,7 milhões de euros nos primeiros nove meses, o que representa um crescimento de 24,5 por cento em relação a igual período de 2009.
Também o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) apresenta uma evolução favorável em relação ao período homólogo, crescendo 87,3 por cento para 288,7 milhões de euros.
Já o EBIT (resultados operacionais) deste período situou-se em 212,3 milhões de euros, apresentando um crescimento de 124,6 por cento quando comparado com o valor registado nos nove primeiros meses de 2009.
Os resultados financeiros do grupo, negativos em 17,1 milhões de euros, comparam com um valor também negativo de 9,3 milhões de euros registado no período homólogo.
Relativamente ao plano de expansão da actividade de papel do Grupo para os próximos meses, este será «prudente», o que a Portucel justifica com «os já mencionados factores de risco para a economia europeia e final do ciclo de reposição de stocks, e também com a entrada em funcionamento de novas capacidades de papel na Ásia», que poderão conduzir a uma revisão em baixa dos preços da pasta desequilibrando o mercado, segundo a empresa.
No negócio de energia, e após a entrada em funcionamento da nova turbina a vapor para a central de cogeração a biomassa no complexo industrial da Figueira da Foz, o Grupo espera produzir cerca de 5 por cento de toda a energia eléctrica produzida em Portugal, obtida na sua grande maioria a partir de recursos renováveis - biomassa florestal e subprodutos de exploração.
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