Muitas sociedades portuguesas deixaram de compor os registos oficiais, fragilizadas pela crise e incentivadas pela simplificação dos encerramentos.
Desde 2008 e até aos primeiros seis meses deste ano, foram dissolvidas mais de 78 mil empresas. Contabilizando o número de negócios criados (65.690), chega-se à conclusão que o saldo líquido é negativo: nos últimos dois anos, Portugal perdeu 12.414 empresas, sendo que a grande maioria pertencia ao sector da comercialização e reparação de automóveis, cita o jornal «Público».
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Em 2006 e 2007, a constituição de sociedades superou claramente a dissolução, mas, a partir do ano seguinte, passou a haver uma preponderância acentuada da extinção de empresas. Em 2008, houve praticamente 42 mil dissoluções, contra cerca de 30 mil novas sociedades. Esta tendência reapareceu no ano passado, resultando numa perda líquida superior a quatro mil empresas.
A conjuntura económica teve impacto sobre a tesouraria das empresas e colocou travões no acesso ao crédito. Mas também há que ter em conta o facto de o Governo ter avançado com a simplificação da dissolução de sociedades, em 2008, o que terá impulsionado estes números.
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