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Portugal terá 4 mil milhões de euros em caixa

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País tinha 2 mil milhões de liquidez no final do ano passado. «The Wall Street Journal» diz que agora deve ter o dobro

É quase o dobro, mas ainda assim, em quantidade «relativamente pequena». Portugal tinha cerca de 3 mil milhões de euros em dinheiro na recta final de 2010, segundo disse ao «The Wall Street Journal» uma fonte do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público. O jornal fez as contas e, por esta altura, deverá ter à volta de 4 mil milhões.

Isto depois de o país ter contraído mais alguns empréstimos e ter efectuado outro tipo de transacções públicas.

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O IGCP apenas adiantou que o número melhorou, «mas não deu mais detalhes». Certo é que estes dados sobressaem, diz o WSJ, dada a situação de emergência em que se encontra Portugal.

O Governo tem dito repetidamente que não precisa de ajuda e que vai conseguir convencer os mercados com a austeridade implementada. E ainda esta quarta-feira a chanceler alemã Angela Merkel veio sublinhar que «nunca disse que Portugal precisa de ajuda». Só que os juros da dívida pública não têm dado tréguas ao país estando acima dos 7,5%.

Portugal lá se vai conseguindo financiar, mas os investidores cobram cada vez mais para confiar no nosso cumprimento. Depois, já a 15 de Abril, o país deverá gastar mais de 4 mil milhões para pagar títulos de longo prazo que vencem nesse dia. Ao todo, as nossas necessidades de financiamento ascendem a cerca de 20 mil milhões de euros só este ano.

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A liquidez que o país tem é bem menor face, por exemplo, à Irlanda, com cerca de 13 mil milhões em dinheiro, para além de outras tantas fruto do seu fundo de pensões. Mas a Irlanda tem o seu ponto fraco na «enorme» exposição da banca que acabou por forçar o resgate no ano passado.

Por cá, contas feitas a este ano, o Estado encaixou até agora 5 mil milhões de euros com a venda de dívida de curto prazo, mas gastou cerca de 7 mil milhões no reembolso. Quanto à dívida de longo prazo, o WSJ refere que angariou 4,5 mil milhões, isto deduzindo o dinheiro investido na recompra da dívida.

Realçando que «não ficou imediatamente claro o que Portugal tem obtido através de outros veículos, como os títulos no retalho ou por intermédio de colocações privadas», o jornal diz que o Ministério das Finanças não respondeu às «repetidas» perguntas que o WSJ lhe colocou.

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