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Portugueses não comparam preços e condições antes de escolher o banco

Maioria aceita conselhos de amigos, ou segue cegamente os conselhos dos balcões dos bancos

Grande parte dos portugueses não compara preços e condições antes de escolher o banco onde vai contratar créditos ou produtos de poupança/investimento. Muitos seguem conselhos de familiares e amigos, optam pelo banco cujo balcão está mais perto de casa ou trabalho e, na hora de aplicar o dinheiro, ouve os conselhos dos gestores de conta sem questionar.

As conclusões saem de um inquérito do Banco de Portugal (BdP), para medir a literacia financeira dos portugueses. De acordo com os resultados do estudo, a recomendação de familiar ou amigo foi o que levou 35% dos portugueses a escolher o banco onde tem a sua conta, e a proximidade de casa ou do trabalho foi a razão que convenceu 23%. Há ainda 14% que usam aquele banco por imposição da entidade patronal e 12% escolheram-no porque é o banco onde têm os créditos. Só 9% fizeram a escolha de acordo com os custos e a remuneração da conta.

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Metade dos portugueses ainda consegue poupar

Portugueses não sabem o que é o spread nem quanto pagam

Quando se lhes pergunta porque subscreveram os produtos que têm, 54% dizem ter seguido pura e simplesmente o conselho do balcão, 25% seguiram o conselho de amigos e familiares. Só 8% compararam vários produtos, 5% ouviram entidades especializadas e 4% fizeram a sua escolha com base no que viram na TV ou Internet.

40% não compara taxas de juro antes de fazer empréstimos

Na hora de pedir um empréstimo ao banco, 40% dos portugueses ficam-se pela primeira opção e nem comparam taxas de juros. Dos que comparam, 29% fazem-no só entre os bancos de que já são clientes. Ou seja, apenas 31% compara as ofertas dos vários bancos antes de fazer a opção.

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Também na hora de escolher o banco onde contratam o crédito, nem sempre são as razões financeiras a nortear a opção. 26% escolheram o seu banco habitual, só por causa disso, e 23% fizeram a opção com base na comodidade. Mesmo entre aqueles que pensaram em razões financeiras, a maioria (27%) escolheu segundo o valor da prestação, 13% segundo a taxa de juro e 5% segundo a TAEG.

O crédito à habitação foi escolhido por 41% com base no valor da prestação, por 18% com base na taxa de juro, por 4% com base na TAE e por 28% optaram por contratar no banco habitual independentemente dos valores.

Depósitos: só 22% procuram a opção mais compensadora

Também quando chega a hora de aplicar as poupanças, nem sempre é o critério mais racional a prevalecer. Cerca de 56% não comparam as taxas de juro oferecidas pelos vários bancos antes de fazerem um depósito a prazo. 37% utilizam sempre o seu banco, 19% pura e simplesmente não fazem qualquer comparação e, dos que fazem, 22% só comparam as ofertas dos bancos com que já têm relação. Apenas outros 22% comparam as ofertas entre os vários bancos, mesmo os que ainda não conhecem.

Muitos também não sabem o valor das taxas de juro que recebem pelos depósitos a prazo nem os que pagam pelos empréstimos. Na verdade, só 16% sabe o valor exacto dos juros nos depósitos e 22% dos juros dos empréstimos. 19% não sabem de todo qual a remuneração dos depósitos que têm e 22% não sabem qual a taxa de juro aplicada ao seu crédito. Os restantes sabem o valor aproximado ou informaram-se na altura da contratação.

Mesmo quando os bancos entregam informação escrita para que o cliente a analise, poucos o fazem. 34% dizem ler com muito detalhe, 40% com algum detalhe e 9% com pouco detalhe. 13% não lêem porque confiam nos funcionários dos bancos e 2% não lêem porque acham que essa informação não é importante.

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