Fernando Ulrich considerou esta quarta-feira que os protestos do BES sobre as adjudicações diretas nas privatizações da EDP e da REN tiveram efeito, já que o banco rival foi escolhido para as privatizações da TAP e da ANA.
A norte-americana Parella Weiberg foi a escolhida pelo Governo português para conduzir a consultoria financeira das privatizações da EDP e da REN e o líder do BES Investimento, José Maria Ricciardi, criticou publicamente essa decisão.
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«Quem protestou por esse facto, ganhou logo a seguir os concursos de privatização da TAP e da ANA», atirou o presidente do BPI, que respondia a questões dos jornalistas durante a apresentação dos resultados do banco, cita a Lusa.
«O BPI não entrou nessa discussão, nem vai entrar. Aquilo que eu sei é que houve quem tenha protestado e ganhou logo a seguir dois mandatos», reforçou o banqueiro.
Na opinião de Ulrich, e face aos desenvolvimentos que houve nos novos processos de privatização, «valeu a pena o protesto» do banco rival.
«O BPI não protestou o primeiro ajuste direto [no setor energético] e também não vai protestar o segundo [no setor da aviação]», frisou, considerando que a sua instituição tinha todas as condições para estar envolvida na assessoria financeira nestas operações que englobam alguns dos maiores bancos do mundo, a par do BES Investimento.
«Agora, estamos a apoiar um candidato à privatização da ANA. E estamos a trabalhar para que o nosso candidato ganhe a privatização da ANA», anunciou.
Questionado sobre a identidade deste candidato, Ulrich explicou que o mesmo ainda não revelou publicamente o seu interesse na gestora de aeroportos, pelo que se escusou a divulgar de quem se trata esta empresa.
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