A Petrobras renunciou à prospecção petrolífera nas águas cubanas, depois do fracasso das pesquisas iniciadas em 2008. O anunciou foi feito ainda na quinta-feira pelo conselheiro da presidência da empresa brasileira para os assuntos internacionais.
«Está decidido. A Petrobras retira-se [do bloco de prospeção que lhe fora atribuído]. Lamentamos muito, mas é preciso trabalhar com a realidade dos factos», afirmou Marco Aurélio Garcia, citado pela AFP, no fim de uma visita de três dias a Cuba.
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A Petrobras, detida em 48% pelo Estado brasileiro, confiara em 2008 à sociedade pública Cupet (Cubapetroleos) a prospecção do bloco N-37 da vasta zona de prospecção cubana, depois de operações em vão outro bloco, entre 1998 e 2001, lembra a Lusa.
A cooperação entre Brasil e Cuba vai, contudo, prosseguir com a construção de uma unidade de produção de lubrificantes, projecto já existente e que tinha sido suspenso.
A zona de prospecção cubana, que se estende por 112 mil quilómetros quadrados, está dividida em 59 blocos, dos quais 21 confiados a empresas estrangeiras. Falamos da Repsol (Espanha) Hydro (Noruega), OVL (Índia), PDVSA (Venezuela), Petrovietnam, Petronas, (Malásia) e Sonangol, (Angola).
Existem ainda empresas russas e chineses envolvidas na prospeção com o setor público cubano.
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