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PSD: «Com reformas rápidas Portugal dispensa fundo europeu»

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Pedro Passos Coelho pediu reformas estruturais rápidas para tornar dívida pública portuguesa sustentável a longo prazo. Orçamento do Estado para 2011 é teste decisivo para o Governo

Se Portugal não quiser recorrer financeiramente ao Fundo de Emergência Europeu, terá de se apressar nas reformas com impacto a longo prazo. A opinião é do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho que fez esta terça-feira um discurso sobre os cenários que podem vir a moldar o país, depois de uma audiência com o primeiro-ministro.

Ao adoptar «rapidamente», no Orçamento do Estado para 2011, um conjunto de reformas «importantes», Portugal não necessitada de recorrer ao financiamento do fundo europeu.

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«Temos uma situação ainda débil do ponto de vista financeiro e precisamos de fazer reformas importantes que ajudem não só a garantir uma trajectória até 2013 de redução do défice para 2,8 por cento, mas também precisamos de mostrar aos mercados que, após 2013, manteremos a disciplina orçamental», alertou o presidente do PSD, citado pela agência Lusa.

Pedro Passos Coelho defendeu que «não basta encontrar um conjunto de medidas de conjuntura que permitam a Portugal resolver o problema do défice nos próximos dois ou três anos».

«Temos de lançar mão nas reformas estruturais»

A chave está, garante, no trabalho de casa para fazer boa figura perante os mercados. «Temos de lançar mão de reformas estruturais que tornem a dívida portuguesa sustentável no longo prazo. Se tomarmos as medidas estruturais necessárias que dêem garantias aos mercados que Portugal não voltará a registar problemas desta dimensão, se fizermos o nosso trabalho de casa é então possível evitar o recurso a esse financiamento».

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Mas estas reformas têm um carácter de urgência. O líder social-democrata avisou que se «demorar muito tempo» , «chegará a uma altura em que haverá menor capacidade e menor liberdade de decisão» em matéria de financiamentos externos.

«Se não vamos fazer aquilo que devemos sem intervenção externa, então devemos estar disponíveis (enquanto temos alguma margem de manobra) para poder eventualmente recorrer a fontes de financiamento mais estáveis para a nossa economia, mas, em contrapartida, temos de nos obrigar a reformas estruturais importantes», sustentou.

Orçamento do Estado para 2011 é o teste decisivo

Por isso deixou um pedido ao Governo. «Espero que no Orçamento do Estado para 2011 o Governo dê já um sinal importante que essa reformas podem ser desenvolvidas?».

Interrogado se o PSD faz do Orçamento do Estado para 2011 um teste definitivo ao Governo, Pedro Passos Coelho respondeu que se trata de «um instrumento muito importante». Isto porque «a credibilidade externa de Portugal joga-se muito com ambição que soubermos colocar nos objectivos de curto e médio prazo ¿ e o Governo tem aí uma responsabilidade muito grande».

E concluiu: «A seu tempo, espero que o Governo apresente uma proposta de Orçamento para 2011, que não apenas reafirme os objectivos de redução do défice, mas dê também um contributo para a redução da dívida a médio e longo prazo».

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