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PT só conseguiu transferir fundo de pensões porque vendeu a Vivo

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Zeinal Bava explica distribuição de «dividendo extraordinário» resultante da venda da Vivo e acordo com o Estado sobre fundo de pensões

[Notícia actualizada às 14h20]

Foi precisamente a «flexibilidade financeira» permitida pela venda da Vivo que permitiu à PT alcançar um acordo com o Estado para transferir o fundo de pensões para os cofres públicos, de modo a ajudar a corrigir a meta do défice para este ano.

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«Tivemos uma operação extraordinária que também nos deu flexibilidade financeira. Não nos podemos esquecer que a PT vai desembolsar cerca de 1,8 mil milhões, que são activos que já tinha nos fundos, e vai depois contribuir também com mil milhões de euros. Naturalmente que essa flexibilidade financeira resultou da transacção que fizemos da Vivo».

O tema do fundo de pensões «era uma promessa» feita aos trabalhadores da empresa há muito tempo, disse Zeinal Bava, justificando com a operação da Vivo a sua

concretização só agora.

E a antecipação do dividendo? Zeinal explica

«É um dividendo extraordinário» e é assim que o líder da PT quer que seja entendido, sem que seja apontado o dedo à operadora portuguesa de querer estar a fugir aos impostos previstos no Orçamento do Estado para 2011, ao fazer a distribuição deste dividendo ainda este ano.

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«Nós tivemos uma operação extraordinária. Por isso, não estamos a distribuir dividendos ordinários. O conselho da administração, que é soberano nestas matérias, tomou uma decisão que foi comunicada aos investidores, accionistas e donos da empresa».

Daí que, sublinhou, «este ano não estamos a fazer nenhuma distribuição do nosso lucro normal. Houve uma operação extraordinária que foi a venda da Vivo e uma parte desse valor está sendo entregue aos nossos accionistas».

Para além disso, «reforçámos o investimento na fibra [óptica] e ainda há poucos dias anunciámos que vamos financiar integralmente o nosso fundo de pensões com a transferência para o Estado».

O PCP apresentou recentemente um projecto para a tributação dos dividendos das empresas ser efectuada ainda este ano.

Sobre isso, Zeinal Bava disse apenas: «É fundamental que haja previsibilidade e, conseguindo isso, vamos atrair investidores, quer seja para comprar acções portuguesas quer seja para comprar dívida portuguesa. E, nesse sentido, a sinalização é bastante positiva de que o nosso país tem condições para dar a volta à crise, tem regras que se cumprem, tem previsibilidade e que quem investir no nosso país sabe exactamente quais são as regras do jogo».

Empresas como a Jerónimo Martins, a Portucel ou a Semapa também já anunciaram que vão antecipar o pagamento de dividendos.

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