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«Público» põe funcionários em «lay-off» e corta salários

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Além disso, jornal vai proceder a cortes em custos de funcionamento gerais. Objectivo é poupar dois milhões de euros

O jornal «Público» vai colocar em lay-off 21 colaboradores a partir de Janeiro de 2012 e proceder a cortes graduais nos salários acima dos 1.600 euros.

O jornal vai ainda proceder a cortes em custos de funcionamento gerais, na ordem de mais um milhão de euros, de acordo com um plano apresentado pela administração do jornal à comissão de trabalhadores do «Público», disseram à Lusa fontes das duas entidades.

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O modelo do plano de reestruturação será idêntico ao praticado em 2009, «com vista à redução dos custos com pessoal, nomeadamente através da alteração da modalidade de Isenção de Horário de Trabalho (IHT) e da redução do horário de trabalho para as pessoas que não tenham IHT», comunicou o jornal, por sua vez, em comunicado.

Serão abrangidos pelos acordos de lay-off - suspensão temporária de trabalho com remuneração reduzida a dois terços do salário - «colaboradores com funções não prioritárias ao funcionamento do jornal», lê-se no documento.

Já à Lusa, Cristina Soares, administradora do Público, adiantou que se tratam de colaboradores em «funções transversais» ao funcionamento do jornal.

Também a comissão de trabalhadores desconhece quem será abrangido pela fórmula encontrada pela empresa para a dispensa dos trabalhadores. «Não sabemos quem são. Vamos analisar bem os dados que nos forem fornecidos para ver se os critérios justificam estas medidas», disse Victor Ferreira, da comissão de trabalhadores do «Público».

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As medidas foram a solução encontrada para evitar o despedimento efectivo de colaboradores e «garantir a sustentabilidade financeira do jornal, perante a acentuação da crise económica e financeira nacional e internacional e a crise no sector», explicou Cristina Soares.

O plano visa, de acordo com a comissão de trabalhadores, poupar dois milhões de euros - um milhão em custos de funcionamento gerais, meio milhão de euros por via de reduções salariais, com cortes em vários subsídios, nomeadamente na isenção de horário, e meio milhão de euros por via de acordos de lay-off com 21 trabalhadores.

Os cortes por via salarial serão gradualmente mais altos, a partir dos 1.600 euros brutos, e incidem, sobretudo, em «remunerações ligadas ao tempo de trabalho», de acordo com a fonte da administração.

Já o jornalista e membro da comissão de trabalhadores Victor Ferreira acrescentou que um total de 114 trabalhadores escapará às reduções por ter salários abaixo daquele montante.

«As medidas ora apresentadas pelo Público, são temporárias e pretendem assegurar a viabilidade da empresa e a manutenção dos postos de trabalho», confirma a administração do jonral.

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