Os 90 trabalhadores da fábrica de confeções Fersoni, em Famalicão, cumpriram esta segunda-feira o horário de trabalho fora de portas, uma vez que a administração não abriu a empresa, após ter «imposto» uma semana de férias, disse fonte sindical.
Segundo Fátima Coelho, do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes e trabalhadora da Fersoni, a empresa ainda não pagou o subsídio de Natal e o salário de janeiro.
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«E fevereiro está no fim. Os dias passam e continuamos sem salários», acrescentou.
A administração terá «imposto» aos trabalhadores uma semana de férias na quadra do Carnaval, alegando que iria ausentar-se do país para procurar encomendas.
«Na sexta-feira, telefonaram-nos a comunicar que as férias eram para continuar por mais uma semana. Sem nada escrito, sem qualquer documento. Por isso, viemos cumprir o nosso horário de trabalho», disse ainda.
Fátima Coelho admitiu que a Fersoni, instalada em Joane, esteja a «desviar» trabalho para outras empresas, numa freguesia vizinha, «que estavam paradas mas que agora recomeçaram a laborar».
«Não sei se está ou não, mas podemos ser levadas a pensar nisso. Trabalho aqui há 27 anos e nunca faltou trabalho».
A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) deslocou-se, hoje, à Fersoni, para se inteirar da situação junto dos trabalhadores.
A Lusa tentou ouvir a administração da fábrica, mas não foi possível.
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