A reestruturação da dívida grega não faz parte da estratégia da União Europeia e, a acontecer, poderia ter efeitos «devastadores» sobre a estabilidade financeira da Zona Euro.
«Os defensores da reestruturação da dívida parecem ignorar as implicações potencialmente devastadoras da estabilidade financeira do país e da Zona Euro como um todo», disse o comissário europeu para os Assuntos Económicos e Monetários.
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Olli Rehn fez questão sublinhar: «Eu repito - isso não faz parte de nossa estratégia e não vai acontecer».
Dois assessores do governo alemão disseram no último sábado que reestruturar a dívida grega é inevitável, mas o ministro das Finanças grego George Papaconstantinou descartou essa solução para os problemas do país.
O comissário europeu considera que se a Grécia e a Irlanda implementares a reforma económica e programas de austeridade como devem, a dívida vai estabilizar e depois começar a cair.
Quanto a Espanha, o país está afastado do drama vivido na Grécia, Irlanda e Portugal, graças às reformas estruturais que tem posto em prática, reparações no sistema financeiro e consolidação orçamental.
Crise ainda não acabou
Também hoje o presidente do Banco Central Europeu veio deixar uma mensagem sobre a crise europeia, avisando que ela ainda não acabou.
«Ainda estamos a viver um ambiente económico muito exigente. A crise não terminou», disse Jean-Claude Trichet, citado pela Reuters.
«O Eurosistema tem mantido e manterá o seu sentido de direcção, que separa estritamente as medidas padrão, concebidas para proporcionar a estabilidade dos preços, das medidas extraordinárias», designadamente as injecções de liquidez e compra de títulos de dívida soberana.
Da próxima reunião do BCE, a realizar esta quinta-feira, não deverão sair mexidas nas taxas de juro de referência, que se deverão manter em 1,25%.
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