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Salgado: Portugal à frente dos países do Sul da Europa em inovação

Investimento na ciência, «maioritariamente público, acabou por estimular investimento privado», colocando Portugal num plano melhor que a Grécia, Itália ou Espanha

O presidente do BES, Ricardo Salgado, destacou esta segunda-feira que o investimento na ciência nas últimas duas décadas permitiu que Portugal ultrapassasse países como a Grécia, Itália e Espanha nos indicadores relativos à inovação.

«O investimento na ciência, maioritariamente público, acabou por estimular investimento privado, trazendo Portugal do grupo dos países europeus mais atrasados em ciência, tecnologia e inovação, para o grupo dos 'inovadores moderados', à frente da Grécia, Itália e Espanha», afirmou o banqueiro, citando os dados do European Innovation Scoreboard publicado pela Comissão Europeia em Abril.

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Salgado falava durante a cerimónia de apresentação dos vencedores da sexta edição do Concurso Nacional de Inovação BES, que decorreu hoje em Lisboa, com a presença do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.

Este ano, o grande vencedor foi o projecto da Universidade do Minho, 'Drops in Lotus', liderado por João Mano. O projecto tem por base o funcionamento da natureza, apresentando uma tecnologia inovadora que abre caminho à concepção e desenvolvimento de novos produtos em sectores tão variados como a biomedicina, a medicina regenerativa, a indústria farmacêutica, alimentar, cosmética e agrícola, escreve a agência Lusa.

«Há algumas áreas de conhecimento em que emergem cientistas de Portugal e grupos de investigação com reconhecimento e visibilidade a nível global», elogiou o presidente do Banco Espírito Santo.

Na categoria 'Clean Tech', o vencedor foi o projeto FotOrg (Fotovoltaicos Orgânicos de baixo custo) da Nanolayer Coating Technologies, representada por Luís Ribeiro Pereira.

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O Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa, representado por José Graça, foi galardoado na categoria Biotecnologia e Agro-industrial com o projeto 'Super Libid' (Lípidos da suberina da cortiça).

Nas Tecnologias da Saúde a vencedora foi a empresa Acellera Therapeutics, com uma nova terapia celular para tratamento da rejeição de transplantes de fígado, encabeçado por David Cristina.

Por último, na categoria Economia Oceânica, o vencedor foi o Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), do departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, representado por Ricardo Calado, com o projeto FishCare, que pretende lançar a base para a certificação de produtos com origem na água.

A edição deste ano contou com 196 concorrentes. Desde que foi criado, em 2004, o concurso contou com 1.059 projectos participantes, dos quais 33 foram vencedores. Foram já atribuídos prémios num valor global superior a dois milhões de euros.

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