Os cerca de 40 tripulantes de cabine da Sata-Air Açores iniciaram esta sexta-feira uma greve de quatro dias que deverá afectar 17 mil passageiros com viagens programadas entre as ilhas do arquipélago, segundo a companhia.
Dados avançados pela transportadora que detém o exclusivo das ligações aéreas no arquipélago açoriano, a greve obrigou ao cancelamento antecipado de 220 voos programados e ao agendamento de um número restrito de ligações estabelecidas como serviços mínimos.
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Os serviços mínimos definidos pelo tribunal arbitral para a paralisação, convocada pelo Sindicato Nacional de Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), contemplam a realização de um voo diário para as nove ilhas, com excepção do Corvo, no sábado e domingo.
O porta-voz da SATA, José Gamboa, indicou à agência Lusa que terão prioridade nesses voos os passageiros em situação especial, nomeadamente devido a questões de saúde, e os que têm ligações para o estrangeiro ou para o Continente.
O vice-presidente do SNPVAC Henrique Martins assegurou, por seu lado, que os tripulantes de cabine da SATA-Air Açores decidiram acatar os serviços mínimos estabelecidos por forma a minimizar «os transtornos da greve junto da população».
O dirigente sindical sublinhou que a paralisação visa obrigar a transportadora a cumprir o que está previsto no acordo de empresa em matéria de evolução na carreira profissional.
Embora alegando trata-se de «situações temporárias», a SATA-Air Açores «tem vindo a substituir chefes de cabine por assistentes/comissários de bordo, em vez de criar novos postos de chefia», referiu Henrique Martins.
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O dirigente do SNPVAC considerou que a opção da administração da companhia neste domínio tem a ver com escassez de tripulantes de cabine, admitindo que para garantir a sua operação regular, a SATA-Air Açores precisa de mais uma dezena de profissionais.
José Gamboa reafirmou «não haver qualquer violação do acordo de empresa», adiando que a companhia se disponibilizou em sede de negociações para estabelecer regras definidoras da substituição temporária de chefes de cabine.
«Num contexto de racionalidade de gestão e de salvaguarda da competitividade» a SATA-Air Açores, para «fazer face a indisponibilidade temporárias», tem de adoptar «medidas temporárias, e acordo com a lei».
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