Em apenas 10 anos, a dívida pública portuguesa foi das que mais cresceu na União Europeia. Somos «campeões» nesta matéria não só na União Europeia mas também a nível mundial, já que somos apenas ultrapassados por Granada e Barbados (dois países das Caraíbas) e pela Islândia.
Entre 2000 e 2010, o endividamento do Estado em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) disparou 31,7 pontos, segundo os cálculos que o «Expresso» fez com base nas estatísticas do Fundo Monetário Internacional. Esta escalada equivale a cerca de 89 mil milhões de euros.
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Ano após ano, o cenário foi-se-complicando. Se em 1999 a dívida estava nos 51%, melhor do que o tecto de 60% estabelecido para a entrada no euro e se, no ano seguinte, o país conseguiu baixar ainda mais o seu endividamento, depois já não foi assim.
A instabilidade política dos anos seguintes também não ajudou. Nem o peso dos juros que é cada vez mais insustentável. O mesmo jornal refere que «um dos problemas imediatos da subida da dívida pública portuguesa que andará próximo dos 90% do PIB em 2013, segundo estimativas do Governo», é precisamente «os encargos com os juros».
Agora com um novo pacote de austeridade e uma crise política iminente o cenário pode agravar-se ainda mais.
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