A Starbucks, maior cadeia de cafés do mundo, decidiu mudar de imagem e mudou o logótipo da empresa.
Nesta nova alteração desaparecem as palavras que circundavam o símbolo, onde se vê uma ninfa marinha, que também sofre alguns «retoques».
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De acordo com a Starbucks, esta não é a única mudança. Na verdade, escreve a Associated Press, o novo logo pretende marcar o novo rumo da empresa, que deixa para trás a maior crise dos seus 40 anos de história.
A queda das palavras «Starbucks Coffee» tem duas razões: por um lado, a empresa considera que está já bem implementada e reconhecida junto do público, não precisando de se identificar em tudo. Por outro lado, o novo logótipo, sem essas palavras, vai melhor com o novo conceito da marca, que está a expandir-se a novos produtos e novos mercados internacionais.
Ainda que o novo símbolo tenha sido revelado esta semana, ele só chegará aos cafés da marca em Março, para coincidir com o seu 40º aniversário.
Esta é a quarta versão do logótipo da Starbucks, que começou como uma pequena casa de café e chá em Seattle, em 1971. A primeira actualização surgiu em 1987, e depois voltou a sofrer alterações na década de 90.
«O que é realmente importante aqui é que é um aperfeiçoamento evolucionário, que reflecte melhor a nossa estratégia», considera o presidente executivo da Starbucks, Howard Schultz.
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A empresa sofreu com a recente recessão, que levou muitos consumidores a trocarem o seu café por café caseiro ou de cadeias mais baratas, como o McDonald¿s. Em 2008, a empresa foi «repescar» o seu fundador, Howard Schultz, para liderar as operações. Muitos cafés fecharam e pessoas foram despedidas. Na nova estratégia, a empresa apostou na formação aos funcionários, aumentou a variedade da oferta e permitiu que os clientes personalizassem as suas bebidas, abriu lojas com sabores locais, reforçou a oferta de internet sem fios e lançou um programa de fidelização de clientes.
Novos produtos surgiram, como o Via, o primeiro café instantâneo, e a aposta noutros produtos foi reforçada, incluindo feijões, gelados e outros bens embalados à venda em mercearias.
Para além disso, a empresa fez também uma forte aposta nas suas outras linhas: a Tazo (chá) e Seattle's Best Coffee.
No plano internacional, a Starbucks lançou-se a novos mercados, como a China, onde conta agora com 400 lojas.
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«Hoje temos receitas recorde, lucros recorde e o preço das acções está no valor mais alto dos últimos cinco anos. Isso não é por acaso», diz Schultz.
No futuro, a Starbucks quer evoluir ainda mais: está a testar um sistema que permitirá aos clientes encomendar e pagar pelo café através do telemóvel.
E está também à procura de uma forma de melhorar o seu programa de fidelização, permitindo que os clientes acumulem pontos nos cartões quando compram produtos da marca em mercearias. E está a ponderar a hipótese de começar a vender também cerveja e vinho em alguns cafés.
A empresa deu também a entender que está à procura de novas oportunidades no negócio da alimentação, mas não quis revelar ainda pormenores. «Nunca estive mais excitado por causa do futuro da empresa. Isso, posso dizer-vos», concluiu Schultz.
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