Os testes de stress à banca europeia «não dão toda a transparência» e «fazem tabu de riscos que são reais», afirmou esta terça-feira um responsável do grupo de gestão Schroders, em entrevista à agência Lusa.
«Os testes estão longe de dar toda a transparência do potencial de prejuízos que existem na banca espanhola e portuguesa, se, de facto, alguns dos cenários desfavoráveis se verificarem», declarou o economista português Nuno Teixeira, director geral adjunto em França do grupo internacional de gestão de investimentos Schroders.
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Bancos europeus na mira de testes mais exigentes
«Esses cenários são a reestruturação da dívida grega. Todos os observadores dizem que é o único país com forte potencial de não conseguir reembolsar a sua dívida, quaisquer que sejam os cenários» de recuperação, explicou o economista português, entrevistado em Paris.
Nuno Teixeira citou um novo relatório da Schroders, datado de segunda feira e a que a Lusa teve acesso, que reconhece os testes do Comité de Supervisores Bancários Europeu (CEBS) como «um pequeno passo para a Eurozona», aplaudindo a divulgação dos resultados individuais dos bancos.
Os quatro maiores bancos portugueses passaram com nota positiva os testes de resistência.
«Tem-se uma melhor ideia da exposição ao risco da dívida pública», mas a Schroders, como sublinha Nuno Teixeira, lamenta que falte «dar um passo de gigante» para conhecer a saúde real da banca europeia.
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