O plano de ajustamento financeiro imposto a Portugal pela troika é «mais ambicioso» do que aquele que foi aplicado na Grécia. Quem o diz é o presidente da Comissão Europeia.
«No caso de Portugal, a Comissão Europeia, o FMI e o BCE acordaram com Lisboa um programa que eu não posso dizer se é melhor ou pior em termos de dificuldades».
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Ainda assim, «eu diria que é muito mais ambicioso em muitas áreas, por exemplo, no que toca à questão das reformas estruturais», disse Durão Barroso, numa entrevista a um jornal grego, citada pela Reuters.
Para o presidente da Comissão Europeia, tanto a Grécia como Portugal e a Irlanda enfrentam um desafio histórico, sendo que os esforços para superar os seus problemas orçamentais e de dívida exigem um consenso político alargado. «Sem ele» o «sucesso e a credibilidade das reformas» ficam comprometidos.
Note-se que Portugal tem eleições legislativas agendadas para o próximo dia 5 de Junho.
E, quanto à Grécia e à Irlanda, a União Europeia tem estado sob pressão para renegociar os resgates financeiros dos dois países. Isto depois das especulações sobre a reestruturação da dívida de Atenas e de um ministro irlandês ter dito que todas as concessões feitas à Grécia deveriam traduzir-se em melhores condições para Dublin também.
No entanto, na reunião secreta do euro que decorreu este fim-de-semana a reestruturação da dívida grega foi excluída.
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