Para o presidente do BPI, o país não se consegue financiar e não há previsões para uma saída desta situação. Aliás, Fernando Ulrich considera que os investimentos que o Governo tem planeados não são concretizáveis, a não ser haja um ónus «gigantesco» sobre os portugueses.
Ministro reage: vai ser à custa de todos
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«Os mercados estão fechados desde meados de Janeiro. Não sei quando reabrem», afirmou na conferência da revista Exame.
E acrescentou: «O que esta no PEC 2, até fim de 2013, em que o Estado e as autarquias querem ir buscar mais 43 mil milhões, com a informação que tenho hoje isto é impossível».
Só há dois desfechos possíveis para Ulrich: «o Estado suspende pagamentos ou dá-se um credit crunch».
«Nem a senhora Merkel pode dizer quando mercado reabre»
«A discussão dos grandes projectos está completamente ultrapassada porque não vejo como pode ser financiado ou a pressão na população vai ser gigantesca», adiantou.
Para o responsável, o problema do pais é «muito fundo» e «nem a senhora Merkel ou o presidente Obama podem dizer quando o mercado reabre».
«Podemos estar a semanas de pedir ajuda ao FMI»
Crédito vai ficar mais caro e exigente
Ulrich mostra-se ainda preocupado em como as grandes empresas, que têm notação de rating, se vão conseguir financiar. Dando o exemplo da PT, que recentemente sofreu uma ameaça de corte de rating, o presdiente do BPI sublinhou: «Não é dramático, mas é um sinal que mesmo uma empresa como a PT vai ter dificuldade em contribuir para reduzir défices externos».
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