A entrada da PT no capital da brasileira Oi, depois da venda da participação na Vivo à Telefónica, foi uma «oportunidade para todos» os envolvidos. A opinião é do presidente da Vivo, Roberto Lima, citado pela Lusa.
Roberto Lima disse que a venda do controlo da Vivo à Telefónica é «uma operação já largamente discutida pelo mercado» e que a operadora brasileira apenas irá replicar no Brasil os factos relevantes divulgados pelos dois accionistas.
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«O facto novo foi a Portugal Telecom na Oi, o que eu acho que é uma oportunidade para todos, Telefónica, Oi e Portugal Telecom», disse o executivo, na apresentação dos resultados do segundo trimestre da Vivo.
Questionado sobre a sua permanência na presidência, uma vez que foi indicado pela PT, Roberto Lima disse apenas que a decisão «cabe ao conselho de administração» da Vivo.
Instado a comentar as sinergias entre Vivo e Telesp, a operadora fixa já detida pela Telefónica, Lima disse já foram oferecidos alguns produtos conjuntos de telefonia móvel e fixa.
«Mas neste momento não temos nenhuma oferta, apenas as que já foram compradas e continuam a ser consumidas (pelos utilizadores)», disse.
A aquisição da Vivo abrirá caminho para que a Telefónica passe a oferecer pacotes de serviços aos seus utilizadores, como telefonia móvel, fixa, TV a cabo e Internet em alta velocidade.
Sobre os resultados da Vivo, Lima disse que o desempenho reflecte «a aceleração do crescimento fruto da atractividade» da operadora, que já conta com 55,97 milhões de utilizadores, ou 30,24% do mercado.
No segundo trimestre deste ano, o lucro da Vivo aumentou 29,9% para 236 milhões de reais (102,6 milhões de euros), em relação ao mesmo período de 2009.
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