Sentem-se «enganados», dizem ter perdido milhões, e partem agora para a via judicial. Um grupo de investidores apresentou uma queixa-crime contra a resolução do Banco Espírito Santo (BES) e, apesar de a queixa ter sido apresentada contra desconhecidos, Miguel Reis, que lidera o processo de 170 queixosos quer que sejam constituídos arguidos o Banco de Portugal, os antigos gestores do BES e a administração do Novo Banco e garante que não desiste. O Banco de Portugal é particularmente visado nesta queixa-crime. O advogado que em agosto divulgou publicamente a ata do supervisor sobre a reunião que ditou o fim do BES acusa o governador de conduzir um processo obscuro. O Banco de Portugal fez saber que há já 17 interessados no Novo Banco. Na queixa, os investidores exigem que não seja permitida a venda do Novo Banco sem autorização judicial prévia porque o dinheiro que resultar desse negócio não irá para os investidores que perderam com a resolução do BES. Na queixa-crime pede-se ainda que sejam apreendidos os documentos que podem provar que há crime na gestão do BES e exigem ainda a expulsão do Novo Banco da sede do antigo BES na Avenida da liberdade, em Lisboa.
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