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Portugal tem de cortar 3,7% do PIB ao défice até 2030

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Objetivo é baixar o rácio da dívida pública para os 60% do PIB nesse ano

Portugal terá de executar uma consolidação orçamental equivalente, em média, a 3,7% do produto entre 2014 e 2030 para baixar o rácio da dívida pública para os 60% do Produto Interno Bruto (PIB) nesse ano, estima a OCDE.

De acordo com o Economic Outlook, divulgado esta manhã pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Portugal - juntamente com a Grécia, o Reino Unido e os Estados Unidos - terá de fazer uma consolidação orçamental entre os 3 e os 6 pontos percentuais do PIB após 2014, uma situação que só é mais drástica no Japão.

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No relatório, a OCDE identifica três grupos de países cujo processo de consolidação orçamental será diferente para levaram o seu rácio da dívida para os 60% do produto.

O primeiro grupo inclui países que precisam de uma consolidação fraca após 2014 (menos de 1 ponto percentual do PIB), uma vez que a sua dívida já está próxima do objetivo. Entre estes países está a Áustria, Bélgica, Alemanha, Itália, Holanda, Polónia, entre outros.

O segundo grupo é composto pelas economias de França, Islândia, Irlanda e Espanha, que vão precisar de uma consolidação entre 1 e 3 pontos percentuais do produto.

Portugal está no terceiro grupo, que integra os países cujo rácio da dívida excede os 100% do PIB, sendo, por isso, necessária, uma consolidação entre os 3 e os 6 pontos percentuais após 2014 para fazer baixar o rácio do endividamento para os 60% do produto. Até 2014, Portugal deverá ter cumprido dois terços da consolidação necessária para cumprir este objetivo.

Numa tabela do relatório é especificado que Portugal precisa de uma consolidação média equivalente a 3,7 pontos ao ano, um valor que apenas é ultrapassado por Japão, com um valor de 11,3 pontos, Reino Unido com 5,9 pontos e Estados Unidos de 4%.

A OCDE destaca ainda a situação particular do Japão, que deverá precisar de uma consolidação de 11 pontos percentuais do PIB após 2014 e que, mesmo assim, só conseguirá estabilizar as suas contas públicas se adotar medidas complementares.

No documento, a Organização refere que estas projeções podem ser demasiado otimistas, uma vez que não incorporam todos os riscos que se podem colocar nas próximas décadas. Entre os riscos não totalmente considerados, a OCDE destaca o aumento da despesa pública com saúde e pensões.

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